sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Cílios fartos, longos e pretos? Nos EUA, produto controverso já vendeu 1,5 milhão de frascos

O Latisse, produto da mesma fabricante do Botox e que tem fortes efeitos colaterais possíveis, está testando esse limite entre as mulheres dos Estados Unidos

Aproxime o curvex do secador de cabelo ligado. Deixe esquentar e, em seguida, teste a temperatura na pele do braço. Aplique sobre os cílios. Até pouco tempo atrás, este passo a passo daria um bom exemplo dos riscos que algumas mulheres encaram para deixar os cílios mais bonitos. O posto foi tomado por um produto chamado Latisse, vendido nos Estados Unidos e que promete resultados mais impressionantes, acompanhados de efeitos colaterais também radicias.
Para começar, o produto diz aumentar os cílios em número e comprimento. Depois de 16 semanas, uma linha de pelos ralos pode se transformar em algo difícil de maquiar sem borrões, numa proporção digna de crianças de 2 anos. Os kits saem por US$ 120, em média. Para as clientes difíceis de convencer, a Allergan, que fabrica a poção e responde por uma revolução anterior, a do Botox, trocou de garota propaganda no mês passado. Sai Brooke Shields, cuja pobreza ciliar é contestável, entra Claire Danes, a eterna Angela Chase do seriado “Minha vida de cão”. Se como ela, você sofre de hipotricose dos cílios (e talvez nem soubesse que nome dar a isso), o Latisse diz ajudá-la.


Fotos de antes e depois do tratamento de Danes. De acordo com a Allergan, a atriz não foi maquiada antes de ser fotografadas. As imagens, diz a marca, não têm retoques

Enquanto o produto não é comercializado no Brasil, convém passar os olhos pela lista de efeitos indesejáveis que ele traz. A sua íris pode ficar mais marrom, e isso pode não ter cura. A sua pálpebra pode ficar escura, mas isso parece reversível. O que não deve acontecer, no entanto, é um prejuízo de visão. Isso porque Latisse surgiu de um remédio para tratar problemas oculares. Do mesmo jeito que o Botox, seu uso estético surgiu de uma reação inesperada nos pacientes. Enquanto usavam o remédio para prevenir glaucomas, os pacientes relataram um aumento nos cílios.

Desde que foi lançado, no início de 2009, Latisse dividiu opiniões na mídia. De um lado, as boas-vindas ao primeiro produto para turbinar os cílios aprovado pela FDA, o órgão que regula os medicamentos no país. Do outro, o estranhamento de ver uma característica comum tratada como um problema de consultório, com tantos efeitos a serem considerados. No vídeo da nova campanha, metade do tempo é usado para listar esses possíveis pequenos desastres. Assista:

Fonte: Marie Claire

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